A animação What If…? estreou com a promessa de mostrar diferentes mundos no multiverso da Marvel. E um dos mais diferentes chegará agora na segunda temporada, levando os Vingadores para o século XVII em uma aventura inspirada pela obra de Neil Gaiman (Sandman).
Lançada no início dos anos 2000, a HQ Marvel 1602 imaginou como seriam os heróis e vilões desse universo no ano de 1602, durante o período elisabetano. Sendo uma das poucas histórias de Neil Gaiman na Marvel, a publicação ganhou uma legião de fãs, incluindo a equipe responsável por What If…?.
Em entrevista ao NerdBunker, o diretor Bryan Andrews explicou que o time precisou convencer a Marvel a fazer o episódio:
“Nós gostávamos de Marvel 1602 e amamos a ideia de fazer uma história de época, pois What If…? pode ser qualquer coisa que quisermos! A Marvel ficou hesitante, mas como tinha a HQ de 1602, eles ficaram meio ‘ok, podemos fazer isso’.”
Após receber o sinal verde, a equipe começou a trabalhar em como aproveitar esse conceito, mas sem depender tanto do material original. A solução encontrada foi se aproximar dos cinemas. “Não quisemos fazer exatamente como nas HQs, assim como o episódio dos Zumbis Marvel. É mais como a versão 1602 do MCU”, explicou.
Segundo Bryan Andrews, a equipe tomou grandes licenças criativas para tornar o episódio uma experiência independente:
“Nos divertimos com esse episódio por causa do design dos trajes, os personagens são hilários. Os atores que voltaram para reprisar seus papéis se divertiram muito, porque não costumam fazer esse tipo de coisa.”
Considerando que o capítulo se passa no século XVII, faz sentido que os personagens se comuniquem formalmente, algo que virou piada em Os Vingadores (2012). No filme, o Homem de Ferro ironiza o Thor e o chama de “Shakespeare” antes de comparar a capa do asgardiano a uma cortina. Questionado se o episódio brinca com isso, Andrews fez mistério:
“É engraçado… Não quero entregar nosso conceito, mas há pessoas que talvez estejam vivendo aquele momento e falando de forma mais Shakespeariana, enquanto outros personagens nem tanto.
É uma mistureba aleatória e parte do motivo para fazermos isso. Mas há um ou dois personagens que embarcam totalmente e é hilário [Risos]. Há momentos em que os atores fazem um ótimo trabalho com insultos shakespearianos ininterruptos [Risos].”
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