Enquanto o Project L não vem, a Riot Games está encontrando formas de homenagear o gênero de jogos de luta em seus outros títulos.
Buscando inspiração em partidas eletrizantes entre dois lutadores e também nos arcos de torneio dos animes, o evento Soul Fighter promete trazer um pouco da empolgação dos embates para League of Legends, Legends of Runeterra, Wild Rift e Teamfight Tactics, com novos modos de jogo temporários, linha de skins e até uma experiência de visual novel.
A ideia é dar um novo sopro de vida para o League of Legends, primeiro e mais antigo título da empresa, que deu origem a outros jogos, como o Legends of Runeterra, aos games desenvolvidos pelo programa Riot Forge e, é claro, ao próprio TFT.
Visitamos a sede da Riot Games em Los Angeles, para jogar e conferir em primeira mão o modo Arena, que será adicionado temporariamente ao League of Legends.
O modo conta com quatro duplas se enfrentando pelo título de campeão, lutando entre si de forma amistosa, antes de começarem o torneio de verdade.
Houve um grande investimento de recursos e pessoas para a criação desse modo, que começou a ser desenvolvido no início de 2023.
Eduardo Cortejoso, gerente de produto do modo Arena, e George Oliver, game designer técnico do modo, revelaram que a ideia surgiu em dezembro de 2022, como um experimento criativo focado em inovar a experiência dos jogadores.
Ao entrar em produção, o modo contou com a ajuda de diversas pessoas dentro da empresa, incluindo do time responsável pela concepção de novos campeões. Desde janeiro, foram inúmeras sessões de testes, protótipos e trabalho duro para deixar a Arena prontinha para ir ao ar.
E valeu a pena.
Ao todo, são cinco arenas. Os jogadores começam na central, onde podem comprar itens, testar habilidades e dar uma espiadinha no time adversário antes de entrarem na batalha. Terminada esta fase, as quatro duplas são levadas para uma das outras opções de arena, que são distintas entre si tanto em cores e temática quanto em terreno.
Explorar os mapas, ainda que pequenos, e entender as particularidades de cada um deles instigou minha curiosidade e me deixou apreensiva em alguns momentos, como ao entrar em uma moita tão grande que mais parecia um campo. A moita, que ocupa a parte inferior do mapa circular, permite que campeões se movimentem sem serem vistos, podendo surgir repentinamente em qualquer lugar.
A parte superior deste mapa em particular traz o conceito de pilares. Embora não estejam grudados um no outro, com espaço para circulação, eles atrapalham a visibilidade dos jogadores, restringindo o campo de visão e fazendo com que seja necessária atenção redobrada para não dar de cara com um inimigo mal-intencionado.
Também vale dizer que não dá para ficar escondido durante toda a luta: após cerca de 40 segundos de combate, um círculo de fogo surge e começa a diminuir o tamanho da arena, causando dano verdadeiro em quem não for para o meio dele.
Uma particularidade dos mapas são campeões controlados pela máquina, que ficam no meio da arena e funcionam como stage hazards, ou seja, uma ameaça do local. Como exemplo, posso citar um Sett gigantesco, que pode dar um socão no inimigo de quem der o último golpe nele, independentemente de qual dupla está ganhando ou perdendo. A cada partida, são sorteados três campeões entre Evelynn, Gwen, Jhin, Lux, Naafiri, Pyke, Samira, Sett Shaco e Viego para ajudar (ou atrapalhar) na batalha.
Tudo começa com algumas rodadas de treino para entender o funcionamento do modo, partindo logo em seguida para os embates entre duplas, no estilo melhor de três.
As duplas se enfrentam sucessivamente até que sobre apenas uma vitoriosa, mas ninguém é obrigado a continuar na partida caso já tenha sido eliminado. Assim como no TFT, ao perder, você pode sair e partir para o próximo desafio sem nenhuma penalidade ou ficar e assistir aos outros embates.
Com duração média entre 14 e 17 minutos, a Arena é ótima para quem quer testar algum campeão específico, sem precisar investir muito tempo como em Summoner’s Rift, o modo padrão do jogo.
Descrito como um modo mais casual, a Arena também conta com o sistema de aprimoramentos do TFT, o que ajuda a compor a imprevisibilidade das partidas. Ao todo, são 98 aprimoramentos que podem surgir durante a partida, mas com alguns cuidados.
Aprimoramentos de mana não vão aparecer para personagens que não usam o recurso, garantiu Oliver, o game designer. A graça é trabalhar com o que está disponível, então os desenvolvedores esperam ver combos inusitados e criativos feitos pelos jogadores.
Do ponto de vista de uma jogadora enferrujada, que parou de jogar consistentemente há um bom tempo, o modo Arena foi um jeito divertido e rápido de acostumar com os controles e o sentimento geral do Lolzinho. O ritmo, porém, foi algo completamente diferente.
Por vezes alucinante, a velocidade das partidas e dos acontecimentos da Arena é levada ao extremo. Não há muito tempo para ler os itens e as decisões devem ser tomadas rapidamente antes que você seja jogado de volta para a batalha.
Essa pressa é essencial, segundo Cortejoso, gerente do modo. “É tudo proposital”, contou ele, falando sobre a decisão de deixar os tempos curtos. “Mesmo assim, os jogadores se acostumam com o ritmo após algumas partidas”, garantiu.
O desespero realmente foi embora após algumas partidas, deixando espaço para mais diversão e uma boa dose de estratégia. Depois de encontrar um campeão com quem me senti confortável, o Galio, a Arena se tornou uma forma leve de voltar ao universo de League of Legends.
A Arena do Soul Fighter ficará disponível por seis semanas, enquanto o evento durar, mas os desenvolvedores já deram a dica de que, se os jogadores quiserem, o modo pode acabar ficando um pouco mais.
Enquanto o dia 20 de julho não chega e o evento não começa, nos resta continuar acompanhando as novidades, skins e outros modos de jogo que chegarão com o Soul Fighter.
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