Final da 1ª temporada de Peacemaker dá pistas sobre futuro da DC – saiba mais

A primeira temporada de Peacemaker, a série do Pacificador, chegou ao fim nesta quinta-feira (17). Além de acompanhar a nova missão do personagem de John Cena, o oitavo episódio plantou pistas interessantes para a o futuro da produção e do Universo DC como um todo.

O capítulo final da temporada deixa claro que Peacemaker foi programada com começo, meio e fim. Dessa forma, a conclusão fez a acertada escolha de focar no fechamento do enredo do primeiro ano ao invés de simplesmente apontar para a próxima temporada ou para outros projetos da DC. Mas isso não significa que a série não deixou pontos para serem retomados na já confirmada segunda temporada.

Reunimos abaixo as principais dicas deixadas pelo encerramento do primeiro ano de Peacemaker.

[Cuidado com spoilers da primeira temporada de Peacemaker]

O futuro de Amanda Waller e seu Esquadrão Suicida

Viola Davis como Amanda Waller

O principal gancho deixado pelo episódio foi a coletiva de Leota Adebayo (Danielle Brooks), que chamou a imprensa para contar toda a verdade sobre a invasão das Borboletas.

Mais do que limpar a barra do Pacificador, ela ainda revelou ao público a existência da Força-Tarefa X, programa do governo que oferece redução de pena a supercriminosos que executarem missões extraoficiais. Por si só, essa atitude promete fazer com que Amanda Waller (Viola Davis) fique na mira da lei, complicando a vida dela e de seu Esquadrão Suicida.

Os desdobramentos dessa atitude devem desempenhar um grande papel na segunda temporada da série, mas não seria estranho se a DC aproveitasse esse enredo em uma continuação para o filme O Esquadrão Suicida (2021). Isso porque as consequências dessa revelação podem impactar não apenas Waller e seus subordinados, mas todo o Universo DC.

O retorno dos 11th Street Kids

Pacificador e seus aliados, os “11th Street Kids”

Essas consequências podem ser mostradas na próxima temporada de Pacificador também por outro ângulo. Isso porque John Economos (Steve Agee) e Emilia Harcourt (Jennifer Holland) continuam sendo agentes da A.R.G.U.S. Considerando que a dupla estava diretamente envolvida no Projeto Borboleta, resta saber se eles serão punidos ou recompensados por seus esforços.

Essa dúvida paira especialmente por Harcourt, que chegou a ser oficialmente promovida por Amanda Waller após a morte de Clemson Murn (Chukwudi Iwuji). Mesmo debilitada após o embate final contra as Borboletas, era de se esperar que ela ocupasse uma posição de chefia na organização. Porém, a luz dos novos acontecimentos pode levá-la de volta para a estaca zero ou até mesmo forçá-la a se voltar contra os antigos aliados para proteger a organização.

Essa incógnita chega também aos outros mascarados da produção. O Vigilante (Freddie Stroma) certamente seguirá o Pacificador em qualquer nova missão, mas o Mestre Judoca (Nhut Le) é mais difícil de prever. Além de ter se aliado às Borboletas, ele tem uma grande aversão ao justiceiro e seus parceiros. Sobrevivente da temporada, ele pode muito bem retornar em busca de vingança novamente.

Pacificador e seu fantasminha (nada) camarada

August e Christopher Smith

Nesse sentido, os próximos passos do Pacificador são uma verdadeira incógnita. Inocentado após ser falsamente incriminado pelo diário plantado por Amanda Waller, o justiceiro pode seguir o caminho que bem entender.

Ainda que seja uma máquina de matar habilidosa, ele reavaliou o próprio voto de “garantir a paz a qualquer custo”. Com isso, é justo imaginar que ele deve selecionar as próximas missões com mais critério e não aceite seguir ordens cegamente.

Outra questão para o futuro do Pacificador é o retorno do pai. O justiceiro pode ter matado August Smith (Robert Patrick), mas agora o vilão aparece em forma de alucinação para infernizar o filho. Mesmo sabendo que o fantasma não é real, a mera presença dele desestabiliza Chris ao ponto de que ele mal consegue saborear a vitória de destruir as Borboletas.

Ainda é cedo para dizer, mas é possível que ter o próprio algoz morando na própria cabeça prejudique a paz interna que ele finalmente alcançou após se conectar com os colegas de equipe. E é visível o progresso que ele fez ao encarar com maturidade as falhas nas próprias motivações. Isso torna mais palpável a busca por redenção que começou pelo remorso em matar Rick Flag em O Esquadrão Suicida, foi colocada em prática já no finale de Peacemaker, quando ele se nega a ajudar as Borboletas e ainda salva a rainha.

Um nova vida para a rainha das Borboletas

Rainha das Borboletas tentando fazer contato com o Pacificador

E por falar nisso, a própria alienígena é uma incógnita para o futuro. Ainda que tenha uma vida curta pela frente, já que a equipe matou a única fonte de alimento capaz de mantê-la viva, a criatura alienígena demonstrou uma genuína vontade de ajudar a salvar o mundo. Fica em aberto se ela usará seus momentos finais para trazer uma mudança positiva para o planeta que tentou salvar de forma violenta.

Mais participações especiais da DC?

Elenco principal da 1ª temporada de Peacemaker

Se tem algo que o finale da temporada fez, foi reafirmar que Peacemaker é parte importante do DCEU ao ponto de receber a Liga da Justiça. Sendo assim, nada impede que vilões dos grandes heróis da casa dêem as caras no futuro.

Os mais otimistas podem sonhar até com uma maior participação de figuras como Aquaman e Flash no futuro, mas o estilo de James Gunn torna essas parcerias menos prováveis. A não ser que essas figuras sejam incorporadas na história de verdade, podendo aparecer em vários episódios, é difícil que o cineasta recorra a elas.

Ainda assim, não custa sonhar. Especialmente pelo enorme sucesso que Peacemaker atingiu em sua primeira temporada. Caso a HBO Max decida fazer um investimento maior e tornar a série como um dos pontos centrais do DCEU, nada impede que ela receba figuras maiores para construir uma base sólida para os próximos passos do Universo DC nas telonas.

Vale lembrar que além da segunda temporada, James Gunn já trabalha em um segundo derivado de O Esquadrão Suicida. Com isso, fica a esperança de que a série do Pacificador tenha sido apenas o primeiro passo rumo à criação de um canto bizarro e autêntico desse universo, que após um início conturbado agora passa por uma boa fase tanto no cinema quanto no streaming.