Armored Core VI: Fires of Rubicon é mais soulslike do que você imagina

Armored Core VI: Fires of Rubicon é o primeiro jogo da FromSoftware após o lançamento do aclamado de Elden Ring, o que é uma surpresa para muitos jogadores.

O estúdio japonês ficou conhecido mundialmente nos últimos anos, pelos jogos ao estilo Soulsborne, então a esperança de um retorno de Armored Core, uma franquia nichada e focada em robôs e mechas, era bem pequena. Mas aqui estamos nós!

A convite da Bandai Namco, tivemos a oportunidade de participar de uma apresentação a portas fechadas de Fires of Rubicon, durante a Summer Game Fest, para ter uma ideia melhor do que esperar do jogo, que, acredite, é mais soulslike do que você imagina.

Busca por modernização?

A apresentação foi um hands off – ou seja, um trecho de gameplay jogado por outra pessoa na hora – e mostrou uma sequência de 30 minutos do início de Armored Core VI, com exploração transversal e lutas contra inimigos e minichefes.

De forma geral, o jogo parece ser um grande salto em relação aos seus antecessores, com movimentação mais livre e fluida. Além de, é claro, visuais modernizados.

A franquia Armored Core teve início na década de 1990, no PlayStation 1, e estava há mais de 10 anos sem um novo jogo (Imagem: Bandai Namco/Divulgação)

Durante a apresentação, os desenvolvedores afirmaram que o foco do novo Armored Core continuará na personalização do mecha, prometendo que os fãs terão um sistema de criação parrudo. Algumas das opções mostradas por lá eram armas, escudos e até espadas laser, que podem ser acopladas nos ombros, braços ou costas.

A ideia é oferecer diferentes possibilidades de gameplay, mantendo a essência da franquia com um combate frenético entre robôs excêntricos e poderosos.

A parte mais curiosa, no entanto, é que a FromSoftware também revelou que pretende aplicar a filosofia de level design do Soulsborne em Fires of Rubicon. Ou seja, o mundo, as fases e os cenários têm o objetivo de incentivar a curiosidade de exploração do jogador, além de contar uma história por si só, como acontece em outros títulos do estúdio (Dark Souls e Bloodborne, por exemplo).

A mesma influência aparece no combate. A apresentação terminou com uma luta contra um chefão, uma máquina imensa com rolos compressores nos braços e uma pira de fogo na parte superior. A “lógica souls” é bem perceptível porque o jogador precisa agir com calma e encontrar o ponto fraco da criatura, nada de atirar loucamente – ou é morte na certa.

Nesse caso, o chefe tem a pira no topo como ponto fraco e, ao acertá-la com tiros bem dados, muito dano crítico é causado. Assim, parece que a ideia é ter lutas estratégicas, com uma pitadinha de soulslike para dar aquela temperada.

Mas, é claro, o jogo promete uma dinâmica única, uma vez que a mecha pode voar, não sofre dano de quedas e é bem mais flexível do que o protagonista de um Soulsborne.

Vale ainda mencionar que o funcionário que estava jogando o gameplay no hands off, da equipe de QA (controle de qualidade) da FromSoftware, morreu na primeira vez que enfrentou o chefão. Então é melhor ficar preparado para lutas desafiadoras por aqui!

As animações das mechas são bem feitas, o que é ainda mais perceptível no calor das batalhas (Imagem: Bandai Namco/Divulgação)

O saldo de Armored Core VI: Fires of Rubicon é relativamente positivo, mas também depende do ponto de vista. O que vimos na apresentação é um jogo que pretende manter a essência da franquia, mas de uma forma modernizada — possivelmente para conquistar os fãs de Soulsborne. Por outro lado, se você é um jogador mais saudosista, a ausência de uma experiência mais “conservadora” pode não agradar.

Seja como for, Fires of Rubicon é indiscutivelmente um grande salto em relação aos títulos anteriores, em termos de gráficos e jogabilidade. Resta saber se a experiência fará jus ao legado da saga de robôs, quando for lançada em agosto.


Armored Core VI: Fires of Rubicon será lançado no dia 25 de agosto para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC (via Steam).

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