Sandman ganhou uma elogiada série de TV na Netflix, que honrou a obra original de Neil Gaiman, mas parece que o autor não está envolvido nas gravações da segunda temporada.
Em seu perfil no Bluesky, onde é bastante ativo, Gaiman deu uma afirmação preocupante para os fãs do seriado. Quando questionado sobre o desenvolvimento dos novos episódios, o autor afirmou que estão sendo tocados sem ele, e acrescentou: “O que é doloroso.”
Gaiman não deu mais explicações, mas tudo está relacionado à greve dos roteiristas nos Estados Unidos. O post original do autor, que motivou a resposta de um fã, criticava a Warner Bros., por conta de uma notícia recente de que seus executivos planejam segurar as negociações deliberadamente, com a intenção de que os grevistas percam empregos, plano de saúde e suas casas. “Eu leio essas coisas e me pergunto ‘para quê escrever algo para essa gente?’”, indagou Gaiman na rede social.
O autor, que participa da paralisação, pegou para responder todos que criticam a greve. Em outra postagem, Gaiman disparou contra um fã que sugeriu que ele próprio devesse contratar quem se opor às práticas de empresas como a Warner:
“Sou um dos grevistas. E sim, contratei roteiristas que ficarão sem emprego se a greve continuar. O seu argumento parece ser que nós deveríamos trabalhar para gente que acha que te forçar a ficar sem teto é um ‘mal necessário’ para não passar fome. Não estou convencido.”
A segunda temporada de Sandman começou a ser rodada em junho. Como os roteiros já estão prontos, o set pode continuar quase que normalmente, só que sem a presença de showrunner e roteiristas. Além disso, há a possibilidade de uma greve dos atores, o que paralisaria a produção.
Em outra resposta, Gaiman confirmou que os roteiros foram entregues antes da greve, e explicou como a paralisação afeta uma produção em andamento: “Não podemos reescrevê-los. Não podemos direcionar o texto para o seu ator. Não podemos corrigir algo que não funciona“, disse.
Não há previsão de estreia. Já os episódios da primeira temporada estão no catálogo da Netflix.
Fonte: Bluesky