Undawn, novo RPG de sobrevivência e multiplayer gratuito, desenvolvido pelo LightSpeed Studios (PUBG Mobile), já está entre nós.
O game, que chegou com a proposta de trazer um mundo aberto e elementos de sobrevivência, parece promissor, mas acaba se perdendo um pouco no que propõe, em meio a tantas possibilidades e uma interface confusa.
Personalização robusta
Criar um personagem é a primeira tarefa que o jogador recebe em Undawn. De imediato, a capacidade de personalização surpreende ao oferecer uma gama de possibilidades, que passam por gênero, cor de pele, cabelo, feições do corpo e mais.
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Em seguida, o multiplayer coloca os jogadores para sobreviver num mundo pós-apocalíptico e cheio de zumbis, com modos PvP (jogador vs. jogador) e PvE (jogador vs. mundo). Mas o jogador só pode se juntar a outros ao atingir o nível 10. Antes disso, precisa passar por uma espécie de tutorial bem extenso e um pouco cansativo, diga-se de passagem.
A jornada de sobrevivência começa no Ravens Shelter, um acampamento no qual vários sobreviventes se reúnem e tentam prosperar em meio ao caos. Guiado por uma série de NPCs, o jogador aprende a jogabilidade básica do game, que inclui elementos de sobrevivência e até mesmo um sistema de construção. Entre as possibilidades, o jogador pode criar sua própria casa, com uma diversidade de alternativas de customização que, claro, também servem para alimentar a loja dentro do jogo.
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Além de sobreviver a hordas de zumbis e criar seus próprios itens, o jogador deve estar sempre atento à saúde do personagem. Por meio de um dispositivo, é necessário monitorar aspectos como higiene, fome, hidratação e mais, fatores que afetam diretamente o personagem.
Em meio a tantas possibilidades, surge um dos primeiros pontos fracos de Undawn: a interface pouco intuitiva. Em alguns momentos, me vi procurando por alguns comandos do jogo, que não pareciam tão acessíveis, por exemplo. Esse problema é ampliado pela ausência de localização em português brasileiro, que pode deixar alguns jogadores confusos com tantas opções, menus e submenus.
A jornada continua com o jogador recebendo algumas missões e, finalmente, encontrando alguns zumbis. A princípio, o combate contra os mortos-vivos não parece tão complexo, e abater os inimigos acaba se tornando apenas uma tarefa entre tantas outras.
É em meio às preparações das missões que o jogador pode encontrar Trey Jones, sobrevivente interpretado pelo ator Will Smith e que age como uma guia para os novos jogadores.
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No geral, o game tem potencial para conquistar uma expressiva comunidade que tenha interesse nas inúmeras possibilidades de personalização e em um combate não tão complexo.
Porém, o jogo pode decepcionar jogadores ávidos por uma experiência focada no caos apocalíptico, já que traz muitas propostas ao mesmo tempo. A impressão que fica é que a jornada de sobrevivência não é tão ameaçadora assim. Durante as horas que joguei, não tive problemas com o desempenho no dispositivo móvel (Android 12), mas o excesso de informações na interface, certamente, é algo que poderia ser aprimorado.
Para aqueles que procuram apenas um bom jogo mobile para se divertir com os amigos, Undawn pode ser a escolha certa, desde que o jogador esteja ciente de que terá que dedicar longas horas nesse universo não tão ameaçador.
Esta review foi feita com uma cópia cedida pela Level Infinite.
Undawn está disponível gratuitamente para dispositivos móveis (Android e iOS) e PC.
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